Amor e Afetividade que garantem perenidade e laços de confiança

Encontre aqui as melhores franquias

«
  • Tipos
  • Tipos
Escolha pelo menos um opção para sua busca

Amor e Afetividade que garantem perenidade e laços de confiança

27/11/2024

Amor aos Pedaços

O ambiente da gestão empresarial foi constituído, essencialmente, pelo viés da racionalidade.

Organizações capitalistas são criadas com base em pessoas, trabalhadores, que proporcionam mais valia e têm o foco na competitividade e expansão.

Assim tem sido o círculo racionalista do modelo. Mas, nos últimos anos, fatores subjetivos, virtuosos passaram a gerar valor e forçado as organizações a transformarem seu modelo de gestão e forma de relacionamento com fornecedores, clientes e funcionários.

Aquelas organizações que assumem a coragem de implantar disrupções e adotar formas e políticas humanizadas têm demonstrado a eficácia dessa opção.

Em anos recentes, novas perspectivas têm sido incorporadas à ciência da Administração, trazendo olhares inovadores para uma realidade de economia integrada e a cada dia mais demandante de inovação e criatividade como fatores para a competitividade.

Essa gestão, denominada “humanizada”, preconiza relações com funcionários e com toda a cadeia de valor do negócio baseadas em processos transparentes com lideranças acolhedoras/educadoras, no qual o diálogo e a comunicação são fatores de estreitamento e geradores de confiança.

Mas, se olharmos no ambiente dos negócios, de um mundo em crise e complexo atual, no qual sobreviver e manter a rentabilidade é um desafio diário, torna-se difícil levantar algum exemplo de empresa que adote como posicionamento estratégico, desde sua fundação, a afetividade.

Tomar a afetividade o norte das ações, estratégias e políticas de relacionamento em todas as etapas do negócio, integrada à cadeia de valor, Silvana e Ivanir, diretoras e sócias da Amor aos Pedaços aos produtos, ao cliente e estendida à sociedade é extremamente inusitado e, para a maioria, arriscado.

Não é o caso da Amor aos Pedaços que pelo próprio nome, estabeleceu uma relação simbiótica entre o significado do afeto pelo sentimento amoroso em todo o sentido de seu existir nesses 40 anos de atuação comemorados em 2022.

A empresa é um dos poucos casos nesse sentido no qual o afeto tornou-se um ativo reputacional, valor competitivo e fator de diferenciação.

“Foi corajoso?”, indaga Silvana Abramovay, uma das diretoras e sócias da empresa, “mas não seria de outra forma, temos ‘estampados’ o amor em nosso nome, identidade, produto, jeito de ser. E temos que transpirar afetividade em tudo”, reforça ela.

Abramovay, em sua afável disponibilidade em mostrar-nos como uma variável, (no nosso conceito de reputação virtuosa integradora – grifo nosso) tão dissonante, como o Afeto, pode ser transformado em fator de competitividade e solidificação de vínculos de confiança ao longo das quatro décadas de atuação.

A inspiração em definir e associar o amor e a afetuosidade no conceito e na essência da empresa veio de Ivanir Cavarezia, sócia-fundadora, e surgiu do seu amor pela culinária, na confecção de receitas artesanais, dos bolos brasileiros, fala Abramovay, demonstrando, em sua fala, a paixão por sua empresa.

Essa essência é uma presença no cotidiano da marca e está desde a pesquisa para criação e definição de uma receita, ao preparo de cada produto, à postura de atendimento a cada cliente, que é visto como um amigo, um membro da família em visita a nossa casa.

Afinal, o doce, um pedaço de bolo, nos remete aquelas memórias afetivas e próximas de todos nós, em nossas lembranças de reuniões com nossos avós, filhos e hoje os netos – uma experiência que vem sendo passada, de geração em geração, nesses 40 anos.

“Quem ja não se lambuzou em uma fatia de bolo da Amor aos Pedaços?” indaga Silvana.

“Nossos doces, produtos, marcaram a história, os momentos felizes de cada um de nossos clientes”, ilustra a empresária.

Até hoje, muitas vezes estou na loja e um cliente vem conversar comigo e relata que um de nossos bolos, doces têm sido provados desde a infância e se perpetuou para os filhos, para os netos (as)”, diz.

E ela complementa, expondo o início do negócio.

“Na época, por volta de 1981, fomos pioneiros na introdução da ideia de venda do bolo em pedaços. Sempre inovamos.

A marca tem sido pioneira desde o início na apresentação de novas interpretações para a oferta de produtos em seu segmento de mercado”.

“Fomos nós que lançamos o brigadeiro em pote, por exemplo.

A inspiração em focar no sentimento afetuoso presente tanto no produto como na essência do negócio, veio do amor de Ivani em experimentar, criar novas para receitas.

Ela achou que tinha tudo a ver passar esse sentimento para o negócio, oferecer o bolo em pedaços, conforme a necessidade e o gosto de cada pessoa – pequeno, grande, como fazemos em nossa casa, em nossas festas, reuniões em aniversários, casamentos, reuniões com amigas”, expõe Silvana.

E, nesse sentido, já nasceram disruptivos porque começaram servindo em pedaços –

“Não existia essa concepção – foi muito ousado – Existiam os doces individuais apenas e deu certo.

Colocamos todo o afeto que se tem; colocamos o amor na confecção de receitas artesanais onde se coloca aquele amor na preparação das receitas, vindo de nossas lembranças de todo mundo cozinhando nas reuniões de família em nossas avos, na casa de nossas mães”, complementa a executiva.

E o ‘amor aos pedaços’ leva esse afeto ás pessoas, o acolhimento intrínseco presente no doce, que remete, ele próprio, ás coisas boas; nos deixa mais feliz de verdade; tem tudo a ver.

“Nós temos uma marca que tem um apelo verdadeiro, ela tem uma verdade: a memória afetiva do abraço do pai, o aconchego do colo da avó e da mãe, aquilo que dá segurança, proteção e remete ao coco, aos ovos moles, português, ao brigadeiro, doce único, brasileiro.

Essa experiência, com essa marca, nestes 40 anos, tem sido uma experiencia maravilhosa, e a afetividade nos representa, é a nossa identidade, somos nós”, expõe Abramovay.

Uma das líderes da Amor aos Pedaços, Silvana é amável, comunicativa, mesmo se conceituando como tímida, mas é um ser de bom papo, simples e em sua voz nota-se toda a afetuosidade que compõe a essência dessa tradicional marca brasileira.

 

Pioneira e inovadora desde sua fundação.

Aliás, como ressalta, inovação sempre esteve presente no nosso cotidiano.

“Inovação nos identifica, ela é a nossa segunda lição a ser repassada; a adotamos desde os tempos em que inovação, disrupção nem sequer tinham presença nos discursos dos gestores e lideres no Brasil – nos idos anos de 1980”

Desde sempre, diz Silvana, fomos arrojadas.

“Trouxemos ao mercado muitas diferenças, o bolo aos pedaços, inventamos doces que se tornaram clássicos e preferência nacional em muitas festinhas e festões das famílias no pais, como o bicho do pé , o brigadeiro em pote, os bolos recheados e ela complementa:

“O segredo de nossa perenidade”, diz a executiva, “com certeza tem sido o foco na inovação e no nosso jeito.

A gente está sempre inovando, além do esforço de propiciar uma experiencia memorável e afetuosa ao cliente.

Ele não é só o produto que se vende, é o todo; o atendimento, o ambiente aconchegante, dócil, lembrando a decoração da casa familiar, o rosa, o verde – nossas cores -, acolhedor, agradável, afetuoso, que passa por essa memória afetiva que remete as lembranças que temos, dos nossos laços, da nossa identidade; – as pessoas sempre comem lembrando de alguma coisa, é muito legal o que a marca traduz e propicia.

Além do produto, extrapolamos com a introdução na comercialização e do canal de vendas pelo modelo de franqueados, numa época que não existia nem a ABF, leis de franquia e o mercado nem havia ouvido falar de franquia.”

 

Fomos pioneiros no Brasil.

Sempre viajamos muito em busca de novidades e diferenciais, em pleno anos de 1980 quando não existia o acesso à informação pela internet, como atualmente.

“Tínhamos que estudar, nos informar e ir à fonte da inovação em diversos lugares do mundo. Hoje tudo é mais fácil, basta fazer uma busca no google” – satiriza Silvana.

A decisão em adotar o modelo franqueado se deveu pelo crescimento em pouco tempo obtido pela empresa na época.

Naquele momento, ressalta Silvana, percebemos que nosso negócio precisava dos donos presentes no dia a dia do negócio e o modelo com a metodologia que criamos – e ainda praticada atualmente – era o mais adequado para que mantivéssemos a expansão e ao mesmo tempo a presença diária no cotidiano do negócio.

Quando questionada o porque da essência, a partir da prática cotidiana da afetuosidade na empresa, deu certo, Silvana responde:

“Nossa empresa tem muito da lógica e da essência do feminino.

Somos uma empresa constituída em 90% dos funcionários por mulheres, as sócias são mulheres e a essência dessa afetuosidade em tudo que fazemos parte, acreditamos, vem desse jeito feminino em acolher, dar amor, receber, compartilhar, buscar entendimento”, explica.

E a empresária ressalta:

“O amor presente na marca Amor aos Pedaços ajudou a abraçar todo o resto, ele foi princípio, quando se tem amor no nome tudo vem, acho que por isso chegamos até aqui e aconteceu tudo isso.

Ao longo do desenvolvimento nossa preocupação sempre foi em manter essa essência afetuosa em todo o ambiente da marca. Toda a nossa história é reflexo desse amor, seguido de muito trabalho e inovação.

Por exemplo, o docinho rosa, a patente é nossa e ambos fazem parte da memória de milhares de famílias brasileiras”, expõe Abramovay.

Atualmente a Amor aos Pedaços possui 500 funcionários e um portfólio composto por 130 produtos.

Sua fábrica está localizada em Cotia, município da Grande São Paulo e possui 45 lojas.

A direção da empresa está a cargos de Ivanir Caravezia e Silvana Abramovay, ALA.OSHIRO.

 

Fonte: [CASE REVISTA NOMUSELOCUS | EDIÇÃO 03

NOTÍCIAS RELACIONADAS